segunda-feira, 7 de junho de 2010

A coisa mais loura que eu já fiz estando (recém) loura

Não faz nem um ano que eu resolvi pintar as madeixas de louro quase platinado e por motivos óbvios: o disfarce dos cabelos brancos fica mais ajeitado.

Desde então tenho escutado, claro, piadas de loura, coisas imbecis que por algum acaso eu faça é atribuído aos meus neurônios que (pensam) foram retirados do meu cérebro ao utilizar a água oxigenada, entre tantas outras coisas que se escuta neste universo amarelo.

Entretanto, hoje finalmente eu consegui resolver, após quase um mês, a coisa mais loura que já fiz nesses últimos tempos: o conserto do meu micro-ondas ZERO KM. Repito: ZERO KM.

Eu consegui estragá-lo (tudo bem que não foi O ESTRAGO, mas me custou tempo e dinheiro) antes mesmo de conectá=lo à tomada.

Eu ganhei este eletro no dia das mães do meu amado salve salve que pensando que eu estivesse decepcionada com a não chegada de um celular, acabou saindo alucinadamente no domingo e arrematando um micro e um liquidificador de alguns milhares de watts (desses que trituram até pedra). Tudo bem que eu não estava decepcionada pela falta de celular ou de presente, mas pelo menos a pipoquinha da copa e o suquinho de morango estão garantidos com este arremate de última hora.

Mas voltando... não sei se vocês repararam mas quando você adquire alguns milhares de eletros que tem por aí, essas coisinhas estão vindo super embaladas, cheias de plásticos, fitas, papéis, avisos e papelões. Repito: PAPELÕES (foi importante repetir isso pelo desfecho da coisa loura).

Meu fogão, por exemplo, veio com 1001 avisos de "só ligar isso se fizer aquilo", de "só mexer nisso, se segurar aquilo outro" (ui), etc e tal.

Não foi diferente com o micro-ondas. Além de muitos plásticos, isopores no entorno, tem um papelão dentro deste maldito que para mim, loura desavisada (sim, desavisada, porque só tem no manual em letras miúdas o que não se deve fazer com aquele papelão), era mais um item de embalagem, e eu sai rasgando, sem dó e sem piedade. Rasguei, com força, e vi a merda que fiz ao sentir a dificuldade no ato de rasgar e sentir a alta gramatura do papelão.

Resolvendo pegar o manual (oi? Por que eu não peguei o manual e li antes? Pq sou brasileira e não quis oras), vi que aquela peça, digo, aquele PAPELÃO, não pode jamais ser removido, senão o babado das ondas micro não funciona e seu aparelho fica esburacado (é um papelão tapa-buraco, eu juro).

Acabou que peguei a peça rasgada e como todo dia passo em frente a uma autorizada, tive que encomendar a peça (que claro, não tinha de pornta-entrega, já que não é usual sair rasgando peças, digo, PAPELÕES, de micro-ondas) que, após quase um mês chegou hoje.

Então, agora, com muita glória e poder, poderei esquentar meu letinho em minha xícara infanto-juvenil verde de carinha logo pela manhã (eu só uso quando o Rodrigo não está. ele não sabe da existência dessa peça rara do meu enxoval), requentar o almoço no jantar, estourar pipoca na copa e fazer coisas mais complexas, como um brigadeiro de micro-ondas.

Mas eu juro, continuarei não lendo os manuais, porque minha hiperatividade não permite paciência para tanto. Sou auto-suficiente.

Nenhum comentário: