terça-feira, 20 de julho de 2010

Aula prática de Direito: o exercício da guarda na prática (sem qualquer compromisso com a doutrina, legislação ou a jurisprudência)

Com essa nova ordem mundial (sei lá, essa frase é boa),novas concepções da instituição família e tudo o mais o que o vocábulo nos remete (guarda, tutela, pensão, regulamentação de visitas, separação, divórcio e blábláblá...), eu só posso dizer que mais do que nunca, na esfera do Direito da Família a palavra “bom senso” representa 95% de todo e qualquer babado que você passe nessa esfera.

Especificamente em relação à guarda dos filhos tenho observado muito, matutado bastante e estou a ponto de concluir algumas coisas, que acabam sendo da esfera prática e que penso podem ser úteis para qualquer pessoa que tenha que exercer guarda unilateral, compartilhar a guarda com o outro pai ou mãe, ou que seja apenas aquela figura que paga a pensão, registra o nome e acha que está tudo certo.

Não pense, jamais, que filho é propriedade e, pior ainda, sua única propriedade. Pense, de forma prática, que, se você não utilizou de metodologia médica para conceber e gerar (inseminação artificial, FIV, E blábláblá) você concebeu com alguém e 50% não só de carga genética, mas de responsabilidade sobre o novo ser, é sua e os outros 50%, do outro. O que, concluindo, não faz de você um proprietário único.

Passando por esta primeira etapa (difícil claro, no caso de pessoas possessivas), é importantíssimo você pensar que em não sendo proprietário único, você compartilha direitos e obrigações. Com algum bom senso, isso é fácil de ser manejado.

Em relação às obrigações (financeiras), o mundo do capitalismo é prático: se seu filho custa 1.000 reais, 500 é responsabilidade sua. Tirando algumas particularidades, tendo consciência disso, o resto se ajeita.

Quanto às outra obrigações (pertinentes à educação, criação, etcetal), tenha, no mínimo, novamente, bom senso. Se você tem guarda unilateral, muitas vezes o “babado” é pesado, você sofre, você é Deus e o capetinha na mesma pessoa, afinal, você ama e repreende visando educar seu filho.

O mais importante, entretanto, é ficar atento que não importa o fim que você deu as suas outras relações, o filho é “ad eternum” e você tem que lidar com as outras relações escolhidas que permeiam essa relação fixa que advém do exercício da maternidade/paternidade.

Se você transporta suas frustrações, perdas e sei lá mias o que para este exercício e especialmente com o exercício de direitos e obrigações que você tem com o outro exercente da maternidade/paternidade, a tendência é o negócio virar angu de caroço e você imaginar que qualquer mulher/homem que tocar no seu filho em virtude das novas relações do seu parceiro(a) sejam do mesmo tipo do casal Nardoni. Alowwwww, família Nardoni é exceção à regra.

Quando o outro pai/mãe vem exercer aquilo que é de direito deles e dos seus filhos, não tem como controlar o que se passa da sua casa para fora. Você simplesmente tem que confiar e que as relações se estabeleçam, sem estresse, sem neuras e imaginar que dentro de poucas horas ou dias seu filho volta parar seus braços, mas sem essa idéia de propriedade única.

Importante também que, independentemente de qualquer direito/obrigação, se você fez alguma coisa certa em algum momento da vida do seu filho, pode ter certeza q ele não esquecerá você. Obviamente que a assiduidade, a freqüência e o interesse colaboram para o sucesso das lembranças, do nível de carinho e do interesse que se estabelece em manter a relação. Mas no fim das contas, se você fez um pouco mais do que dar o sue nome, alguma coisa fica de você no seu filho. Procure cativar, cultivar e se responsabilizar por isso (momento pequeno príncipe).

Fato é que esse mix de criar seus filhos e bancar uma nova relação é algo faraônico, que requer esforço, paciência e, de novo, bom senso. Não imaginem que tudo seja um conto de fadas, mas façam o possível para que, da sua parte, seja tudo mais fácil e mais prático.

Quando eu bato a tecla no tal do bom senso é em virtude de que, basicamente, por meios legais, não sejamos obrigados a mostrar e impor ao outro que o que deveria ser óbvio está, agora, previsto e garantido por lei, como esse PL que está sendo apreciado no congresso à respeito da alienação da síndrome parental.

Precisa de uma lei nos dizer que é ridículo você dizer ao seu filho qualquer coisa que faça a imagem do outro pai/mãe se denegrir?

Sim, o mundo é mundo e o ser humano é ser humano. E burro.

Então, enfim, só alguns pensamentos sobre essa questão afinal vivo trabalhando com isso, as vezes com requinte de arena, e vivo isso em pele osso, com os meus e os deles.

Beijosmeliguemetentemmecontatarcomessanet2G... hahahahahahaha

Boa semana a todos.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Quiz geográfico

Por sua própria história familiar, MC já é viajada por natureza. Ainda quero (claro, se a paciência me comandar) deixar aqui alguns registros em fotos e comentários acerca das impressões que tenho sobre os lugares que ela já passou, mas isso fica para outro momento.

Hoje, após mais um fds na casa de trabalho do paidrasto, ela me viu separando as malas para voltar de carro e me faz os seguintes questionamentos:

MC: Mamãe, vamos viajar de avião?
Eu: Não filha, vamos no carro do Rodrigo, vc e eu.
MC: Nós vamos viajar para onde?
Eu: Para Belo Horizonte filha, voltar para nossa casa.
Mc (choramingando): Eu não quero voltar pro Belorizonte [típica mineira], eu quero ficar no Rio de Janeiro!
Eu: Filha, vamos em "Belorizonte" pegar a vovó Elza (minha/nossa avó) e levá-la para a casa da vovó Mara.
MC: Eba! Nós vamos pra praia?
Eu: Sim, filha, quarta nós vamos prá praia.

Sei que a noção de tempo ainda não serve de nada para ela, mas a noção de espaço já represneta algo, e ahco um barato quando faço perguntas seguidas de onde as pessoas da vida dela moram:

Eu: Filha, onde a Mara (minha mãe) mora?
MC: Na praia!
Eu: Onde o Rodrigo mora?
MC: No Rio de Janeiro!
Eu: Onde o papai Alair mora?
MC: No São Paulo!
Eu: Onde a Lídia (minha enteada/irmã) mora:
MC: Na praia!
Eu: Onde o vovô Sérgio (meu pai) mora?
MC: Na roça!
Eu: E onde a Cacaia mora?
MC: No Belorizonte!

Então, o jeito é ir viajando né.... hohohoho...

Beijos e excelente semana a todos!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Imagens copísticas...







Imagens valem por trezentas mil palavras...