Lendo e me assustando com minha última postagem, porque já tem mais de um mês que não acessava isso aqui, fiquei pensandos nos milhares de acontecimentos deste período.
Além do assunto da vez ter se tornado a "síndrome da lienação parental", que de certa forma tem ligação com o que escrevi no último post, muitas coisas aconteceram em nossas vidas e confesso que com elas também aprendi bastante.
Eu tenho um post muito bem guardado que não sei nem se chegarei a publicar sobre o exercício da paternidade que tenho encontrado em minha experiência pessoal. Escrevi e ainda não terminei exatamente porque as coisas vêm surgindo, brotando do chão, como os vendedores de biscoito de polvilho e pipoca no trânsito do Rio de Janeiro (essa furtei do Rodrigo).
E os acontecimentos brotantes trazem a mim sempre grandes aprendizados.
Um deles é o que o pai da Maria Clara foi estudar Medicina na Bolívia e antes da tomada de sua decisão veio até mim e ao Rodrigo saber o que pensávamos a respeito, tendo em vista que a MC é criada conosco. Decidimos não opinar, por ser uma decisão estritamente pessoal e, mesmo que afete a menina, ainda é dele a opção de seguir um caminho bem diferente e tortuoso, mas que dando certo, também trará a ela muitos benefícios.
Não saberia dizer quais os danos que podem surgir dessa decisão dele, mas tem sido uma opção minha, em relação a isso, enrentar um problema por vez. Digo isso porque até segunda passada ela pediu para falar com o pai, eu ligava e tudo resolvido. Hoje isso não é possível e é difícil explicar a uma criança de 2 anos que não dá para ligar para o Papai, que ele está longe, etc e tal.
Também não sei quando será a próxima visita, mas essa situação é mais fácil de ser contornada porque desde que me separei do pai dela, há um ano e dois meses, as visitas foram bem espaçadas, o que não dá muita diferença dentro do prognóstico que ele deu de vir visitá-la.
E com isso tudo a lição que tirei é que eu não me incomodo mais com a forma dele exercer a paternidade dele. Talvez seja uma forma diferentede amar e as pessoas se diferem nisso também, porque o exercíco do amor é algo particular, pessoal e intransferível. Definitivamente não dá para impor a outro ser humano qualquer forma do exercício de amor. E veja, mesmo criando 5 filhos, seus 5 filhos terão jeitos diferentes de amar, mesmo a criação tendo sido semelhante, ou igual.
A outra novidade é que pela primeira vez a filha do Rodrigo passou férias conosco, no nosso estilo de vida e no nosso ritmo. Isso renderia diversos pensamentos de minha parte, mas prefiro dizer que foi ótimo, positivo e muito legal, mas irei parar por aqui porque falar mais seria adentrar num terreno em que não fico mais a vontade, porque as relações com a mãe da criança não são das mais saudáveis.
O que aprendi dessas férias novas para todos nós é que não dá para comprar o boi de ninguém. Se a pessoa não quer, não há Cristo que faça com que ela queira. E assim a vida segue, cada um com seus pensamentos, suas visões, suas responsabilidades e sua luta. E para quem vive junto e perto e ama, só resta dar apoio, mas nunca tomar a frente de algo que definitivamente não é seu.
De qualquer forma, fica a surpresa de como serão as próximas férias, pois a pequena dele faz muita falta.
E em relação ao assunto da vez e ao caso da mídia acerca da morte da menina Joana, não tenho nada a dizer, pois desconheço o caso. Apenas fiquei surpresa de ver a mãe, bem maquiada, com menos de uma semana da perda da filha, dando entrevista em programa matinal, falando bem mais do que deveria para o momento em que está passando. Deve ser aí uma forma diferente de viver a perda.
Excelente semana.
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Um comentário:
Oi Flavinha, muito legal vc ter ido acessar o blog :)
Tenho outro tb , o amélias de salto, tem dicas bem legais, mas ainda está no começo www.ameliasdesalto.blogspot.com
beijos e apareça sempre que puder, já estou lhe seguindo
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