quinta-feira, 8 de abril de 2010

QUESTÃO DE EDUCAÇÃO

Eu tenho um nível de tolerância um pouco bizarro. Consigo um auto-controle em diversas e diversas situações e quando saio dele é porque a pessoa me "emputeceu" de forma profunda, visceral.

Situações no trânsito normalmente me "emputecem" com grande facilidade. Gente lerda na pista da esquerda, gente burra dirigindo, condutor de ônibus pensando que está conduzindo moto, motoboy que pensa que fazer "bibi" abre caminho fácil.... só se for para a outra vida, né?

Entretanto, o top dessas situações para mim é a tal da fila.

A tal da fila é a situação na qual o brasileiro usa da sua falta de educação máxima que é se beneficiar através do "jeitinho brasileiro". E não só no trânsito.

Ontem eu fui na casa do meu tio levar os ovos do meu sobrinho e deixar que ele, padrinho da MC, entregasse o dela diretamente.

Para chegar lá eu transito pela via expressa, num trecho que pega o ribeirão Arrudas e este trecho, há meses, está reduzido em duas pistas (oh, eram 3!) para obras de manutenção após a enchente no ano novo de 2008, que saiu devastando tudo e fazendo o concreto das pistas ceder.

Em hora de "rush", claro, o trânsito pára e, quando anda, vai a 20 km/h. Entretanto, não é que tem gente esperta que utiliza da terceira pista (interditada) para dar o seu jeitinho de chegar mais cedo em casa? O que será que leva os espertos a pensarem que eles são melhores que os demais para dar seu jeitinho de furar a fila lá na frente, quando não é possível mais passar e entrar na frente de quem ficou humildemente e desumanamente na fila?

Daí que chegou a minha vez de não dar passagem a uma perua esperta numa caminhonete. Ela pediu de forma educada, com um "joinha" e eu educadamente levantei meu dedo indicador e disse não. Daí a perua desceu do salto e esbravejou. Em vão. Colei meu carro na traseira do carro da frente e fiz sinal para ela xingar nas minhas costas. Questão de educação, oras.

E por falar em chuva e enchente, penso que são questões de crescimento populacional desornedado, falta de planejamento total e burrice. Sim, burrice. Que "homem médio" constrói uma casa num lixão desativado na encosta? Em Niterói ontem foi assim. Choca ver o monte de pessoas mortas? Sim, muito, mas, "poha" porque construir num lixão desativado na encosta? Até debaixo da ponte é mais seguro.

Burrice também do lado dos mandatários do people.

Certa vez li uma matéria num jornal local que se chama "Manuelzão" e que traz matérias sobre a questão das águas em Minas Gerais.

A reportagem contava a história do planejamento de Belo Horizonte, especialmente quanto às construções que seriam feitas, dentro do planejamento, da planta que se fez da cidade, dos córregos e ribeirões que cortam a cidade.

Figuras conhecidas (porque não me atenho aos nomes, mas aos fatos) travaram discussões à época sobre manter o que a cidade é hoje, quadras retas, concretadas, com ribeirões e córregos em sua grande maioria cobertos, ou simplesmente respeitar a natureza, modificar o planejamento e fazer quadras, quarteirões e ruas respeitando o curso natural das águas?

Eis que a teimosia humana (e de algum burro conhecido que atuou no passado) fez com que hoje lugares nobres, inclusive, sejam locais para grandes enchentes e só podemos rir (para não chorar) das placas espalhadas pela cidade com os seguintes dizeres: "Não transitar por este local em caso de chuva forte". Então tá!

Excelente quase início de final de semana a todos!

Ps. Zeeeeeeeeeeeeeeeeeeerooooooooooooooooooooooooooo.

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