quarta-feira, 25 de agosto de 2010

ETAPA 1

Ontem comecei a investigar se as angústias day by day que me acometem são realmente de origem do TDAHI.

A primeira consulta e ainda não sei mais quantas (ai meu bolso) foi muito interessante e gostei bastante da abordagem do Dr. psi (oh, sim, um psiquiatra. ainda não estou louca, mas TDAHI também é objeto de tratamento dessa área, além de neuros, psicólogos e afins).

Inicialmente houve uma conversa, anotações básicas e informações básicas sobre família, marido, filha, pai da filha, criação, educação na primeira e segunda infância, na faculdade, aplicação de um teste e o pedido incial dele em 3 coisas:

1. praticar um esporte;
2. tomrar religiosamente e direitinho todas as vitaminas de reposição pós-bariátrica;
3. regular direitinho junto com a Su (minha frienda e oftalmo preferida) a vitamina A.

No mais, tenho que retornar (ah sim, não é retorno, é consultar - e pagar -de novo) após a realização de um exame (uma espécie de eltro do cérebro, que se faz em repouso) para que ele possa terminar o diagnóstico e intervir, talvez com medicamento na parte da desatenção, e somente o esporte me segura na parte da hiperatividade/impulsividade.

No fim da consulta me deu um misto de felicidade e vontade de chorar. Não que seja isso finalmente a solução de todos os meus problemas, mas um norte pelo menos já é e do fundo do meu coração me assustei bastante de ser isso tudo aí. É estranho ouvir do médico o seguinte, apontando pro seu teste, que "como você quer que o mundo inteiro te aguente?".

Clarooo que ele brincou, mas é sem dúvida uma parte muito angustiante, afinal, imagina, que no momento que eu estou escrevendo isso aqui, conversava com a Rafa e o Rolf's no MSN, o contador me enviava uma DBE, terminava um comentário em outro blog, lembrava de dar os medicamentos da minha filha que está com sinusite e também, também, esqueci uma água fervente no fogão, porque ainda não tomei meu café e, consequentemente, nem as minhas vitaminas. Pelo menos, leitor amado, você conseguiu respirar?

O teste que fiz ontem, fuçando na net hoje, eu encontrei algo parecido e antes que você leia e para que voc~e entenda porque ele já me disse que sou brava, eu respondi a quase totalidade das perguntas ao sempre e quase sempre, que no questionário do Dr. Psi equivale a frequente e muito frequentemente.

PRIMEIRA PARTE - DESATENÇÃO

Questão: 1. Tem dificuldade em prestar atenção a detalhes. Comete erros em coisas simples, por falta de atenção.
Nunca / quase nunca
Poucas vezes
Muitas vezes
Sempre / quase sempre
Questão: 2. Tem dificuldade em manter a atenção concentrada, especialmente em situações cansativas ou pouco interessantes (palestras, aulas, reuniões, conversas, etc.)
Nunca / quase nunca
Poucas vezes
Muitas vezes
Sempre / quase sempre
Questão: 3. Costuma deixar tarefas e projetos inacabados, mesmo que já tenha feito boa parte deles ou as partes mais difíceis. Demora muito para começar uma tarefa/tende a adiar o início.
Nunca / quase nunca
Poucas vezes
Muitas vezes
Sempre / quase sempre
Questão: 4. As pessoas se queixam que você não presta atenção ao que elas falam. Acha difícil acompanhar uma conversa sem se distrair.
Nunca / Quase nunca
Poucas vezes
Muitas vezes
Sempre / quase sempre
Questão: 5. Tem dificuldade com organização - do tempo, das atividades, em estabelecer prioridades e realizar o que planeja.
Nunca / quase nunca
Poucas vezes
Muitas vezes
Sempre / quase sempre
Questão: 6. Tende a evitar/adiar atividades ou tarefas que exijam atenção concentrada por muito tempo.
Nunca / quase nunca
Poucas vezes
Muitas vezes
Sempre / quase sempre
Questão: 7. Costuma perder coisas ou esquece onde foram guardadas - chaves, documentos, papéis, objetos pessoais, etc. Esquece nomes de pessoas e compromissos.
Nunca / quase nunca
Poucas vezes
Muitas vezes
Sempre / quase sempre
Questão: 8. Costuma distrair-se com muita facilidade - qualquer coisa rouba sua atenção: barulhos, pessoas ou até mesmo seus próprios pensamentos.Parece estar sempre no "mundo da lua".
Nunca / quase nunca
Poucas vezes
Muitas vezes
Sempre / quase sempre
Questão: 9. Costuma esquecer compromissos e obrigações, inclusive coisas simples e óbvias.
Nunca / quase nunca
Poucas vezes
Muitas vezes
Sempre / quase sempre

SEGUNDA PARTE – HIPERATIVIDADE/IMPULSIVIDADE
Questão: 1. Tem dificuldade em ficar parado, está sempre balançando as pernas, mexendo as mãos, se contorcendo.
Nunca / quase nunca
Poucas vezes
Muitas vezes
Sempre / quase sempre
Questão: 2. Tem dificuldade em ficar sentado quieto, sente vontade de levantar, andar ou se mexer, mesmo quando não é adequado (em reuniões, aulas, cursos, igrejs, etc.).
Nunca / quase nunca
Poucas vezes
Muitas vezes
Sempre / quase sempre
Questão: 3. Acha difícil relaxar e permancer tranquilo, mesmo quando tem tempo livre. Sente inquietude interior e sempre procura alguma coisa para fazer.
Nunca / quase nunca
Poucas vezes
Muitas vezes
Sempre / quase sempre
Questão: 4. Tem dificuldade / não gosta de atividades de lazer tranquilas ou "paradas". Prefere situações movimentadas e agitadas.
Nunca / quase nunca
Poucas vezes
Muitas vezes
Sempre / quase sempre
Questão: 5. Tem muita energia física, parece estar "ligado na tomada" o tempo todo.
Nunca / quase nunca
Poucas vezes
Muitas vezes
Sempre / quase sempre
Questão: 6. Costuma trabalhar, falar e eventualmente compar demais.
Nunca / quase nunca
Poucas vezes
Muitas vezes
Sempre / quase sempre
Questão: 7. Responde a perguntas de forma precipitada ou interrompe outras pessoas, antes delas acabarem de falar. Em provas, pode responder de forma precipitada, sem prestar atenção à pergunta ou entrega sem revisar.
Nunca / quase nunca
Poucas vezes
Muitas vezes
Sempre / quase sempre
Questão: 8. Tem dificuldade em esperar sua vez, em conversas, filas, restaurantes, etc.
Nunca / quase nunca
Poucas vezes
Muitas vezes
Sempre / quase sempre
Questão: 9. Interrompe outras pessoas, sem se importar com o que elas estão fazendo, tanto em conversas quanto no trabalho, com os amigos ou em casa. Não sabe esperar.
Nunca / quase nunca
Poucas vezes
Muitas vezes
Sempre / quase sempre

O caminho será longooooo, mas quem sabe em breve posso estar respondendo à pergunta do Rodrigo, nos meus quase 30: "amor, o que você quer fazer?"

Beijosmeliguem.

Ps. Sobre a prática do esporte, como boa quase portadora de TDAHI ainda estou me deicdindo o que fazer, como fazer, onde fazer e quando começar a fazer, porque a prática do esporte é uma das mil e uma coisas projetadas que omeço e não termino. ele me disse que o objetivo é passar do terceiro mês que depois você acostuma e quer mais e o esporte me ajuda a descarregar essas coisas que fazem com que o mundo não me aguente. Entendue? hehehehehehehehehehe

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O que estou aprendendo...

Lendo e me assustando com minha última postagem, porque já tem mais de um mês que não acessava isso aqui, fiquei pensandos nos milhares de acontecimentos deste período.

Além do assunto da vez ter se tornado a "síndrome da lienação parental", que de certa forma tem ligação com o que escrevi no último post, muitas coisas aconteceram em nossas vidas e confesso que com elas também aprendi bastante.

Eu tenho um post muito bem guardado que não sei nem se chegarei a publicar sobre o exercício da paternidade que tenho encontrado em minha experiência pessoal. Escrevi e ainda não terminei exatamente porque as coisas vêm surgindo, brotando do chão, como os vendedores de biscoito de polvilho e pipoca no trânsito do Rio de Janeiro (essa furtei do Rodrigo).

E os acontecimentos brotantes trazem a mim sempre grandes aprendizados.

Um deles é o que o pai da Maria Clara foi estudar Medicina na Bolívia e antes da tomada de sua decisão veio até mim e ao Rodrigo saber o que pensávamos a respeito, tendo em vista que a MC é criada conosco. Decidimos não opinar, por ser uma decisão estritamente pessoal e, mesmo que afete a menina, ainda é dele a opção de seguir um caminho bem diferente e tortuoso, mas que dando certo, também trará a ela muitos benefícios.

Não saberia dizer quais os danos que podem surgir dessa decisão dele, mas tem sido uma opção minha, em relação a isso, enrentar um problema por vez. Digo isso porque até segunda passada ela pediu para falar com o pai, eu ligava e tudo resolvido. Hoje isso não é possível e é difícil explicar a uma criança de 2 anos que não dá para ligar para o Papai, que ele está longe, etc e tal.

Também não sei quando será a próxima visita, mas essa situação é mais fácil de ser contornada porque desde que me separei do pai dela, há um ano e dois meses, as visitas foram bem espaçadas, o que não dá muita diferença dentro do prognóstico que ele deu de vir visitá-la.

E com isso tudo a lição que tirei é que eu não me incomodo mais com a forma dele exercer a paternidade dele. Talvez seja uma forma diferentede amar e as pessoas se diferem nisso também, porque o exercíco do amor é algo particular, pessoal e intransferível. Definitivamente não dá para impor a outro ser humano qualquer forma do exercício de amor. E veja, mesmo criando 5 filhos, seus 5 filhos terão jeitos diferentes de amar, mesmo a criação tendo sido semelhante, ou igual.

A outra novidade é que pela primeira vez a filha do Rodrigo passou férias conosco, no nosso estilo de vida e no nosso ritmo. Isso renderia diversos pensamentos de minha parte, mas prefiro dizer que foi ótimo, positivo e muito legal, mas irei parar por aqui porque falar mais seria adentrar num terreno em que não fico mais a vontade, porque as relações com a mãe da criança não são das mais saudáveis.

O que aprendi dessas férias novas para todos nós é que não dá para comprar o boi de ninguém. Se a pessoa não quer, não há Cristo que faça com que ela queira. E assim a vida segue, cada um com seus pensamentos, suas visões, suas responsabilidades e sua luta. E para quem vive junto e perto e ama, só resta dar apoio, mas nunca tomar a frente de algo que definitivamente não é seu.

De qualquer forma, fica a surpresa de como serão as próximas férias, pois a pequena dele faz muita falta.

E em relação ao assunto da vez e ao caso da mídia acerca da morte da menina Joana, não tenho nada a dizer, pois desconheço o caso. Apenas fiquei surpresa de ver a mãe, bem maquiada, com menos de uma semana da perda da filha, dando entrevista em programa matinal, falando bem mais do que deveria para o momento em que está passando. Deve ser aí uma forma diferente de viver a perda.

Excelente semana.